Adela Esther Tuy Tuy (19), Guatemala
Adela é uma escritora Maya Kaqchikel de Sololá, Guatemala. Ela é embaixadora da Girl Rising e escritora da The Teen Magazine. Desde os 13 anos, escreve e desenha. Em 2021, fundou a Up&Up, um coletivo para jovens mulheres indígenas. Ela moderou o Tzijonem ("Vamos Conversar" em Kaqchikel), entrevistando figuras influentes. Aos 17 anos, publicou seus primeiros artigos na Entre Mundos e na We All Grow Latina. Participou de podcasts, venceu um concurso de narrativa e publicou seu primeiro livro de poesia, Keme. Estuda Ciências da Comunicação e aspira ser escritora e contadora de histórias.
Ana Yency Lemus Chávez (29), El Salvador
Ana se identifica como uma mulher afro-salvadorenha da etnia Panune. Ela é ativista, defensora dos direitos humanos da população afrodescendente e ambientalista em El Salvador. Em 2021, apresentou uma proposta de lei sobre os direitos da natureza e o combate às mudanças climáticas. Em 2017, 2019 e 2023, submeteu propostas de reforma a congressistas e autoridades para o reconhecimento da população afrodescendente em El Salvador, bem como a defesa de seus territórios e do meio ambiente. Ela fundou e dirige a Fundação Organizada Afrodescendente Salvadorenha e luta por justiça climática.
Antumalen Ayelen Antillanca Urrutia (25), Chile
Antumalen é uma jovem Mapuche Huilliche do sul do Wallmapu/Chile, residente na região do Lago Ranco, o terceiro maior lago do Chile, e pertence à comunidade ancestral Mapuche da Ilha Huapi. Desde 2020, em colaboração com sua família, lidera o projeto autônomo "Epu Lafken Mapu", um coletivo que reúne comunidades Mapuche e cientistas para monitorar a qualidade da água das bacias dos lagos Ranco e Maihue. Antumalen defende seu lago, pois vive nele. Até hoje, sua comunidade não tem acesso à água potável e usa diretamente a água do lago. Seu objetivo de vida como insular é lutar por um lago saudável e livre de poluição.
Betzabeth Martínez Gutiérrez (24), México
Betzabeth é uma mulher zapoteca de Santiago Matatlán, Oaxaca, conhecida como a capital mundial do mezcal. Formada em Contabilidade pela UNAM, desde criança lidera projetos ambientais, como plantio de árvores e gestão de resíduos. Com o tempo, ampliou seu trabalho para os direitos humanos, o empoderamento de mulheres indígenas e a preservação da língua. Em 2019, recebeu o Prêmio Estadual da Juventude e foi bolsista da Embaixada dos EUA. Hoje, colabora em projetos ambientais, focando na sustentabilidade de sua comunidade e da indústria do mezcal.
Ervison Araújo Silva (25), Brasil
Wrakitã Terê é um líder indígena, aprendiz de xamã e representante do coletivo jovem Tonã - Toá, promovendo a cultura Geripankó. Ele faz parte do segmento juvenil da APOINME, apoiando os direitos indígenas no Nordeste do Brasil. Aos 25 anos, tornou-se o primeiro secretário municipal para povos indígenas e quilombolas de sua cidade, onde mais da metade da população é indígena. Com o apoio de líderes comunitários, trabalha para garantir terra e território para as futuras gerações.
Gabrielle Pompeu Sodré (25), Brasil
Gabrielle é moradora da região oeste da Bahia, uma área historicamente afetada pela seca e marcada pela luta contra o agronegócio e empresas que constroem barragens, violando direitos humanos e ambientais. Ela se organiza no Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), onde luta por direitos e contra injustiças socioambientais em sua região e no Brasil. Por meio do MAB, contribuiu para processos de resistência em várias regiões do Norte e Nordeste do país, incluindo Cerrado, Caatinga e Amazônia, além de enfrentar eventos climáticos extremos.
Hellen Freitas Ferreira (24), Brasil
Hellen é cofundadora e coordenadora do projeto social "Mais Por Nós", focado na comunidade de Belford Roxo/RJ, especialmente em áreas de vulnerabilidade social. Atualmente, cursa Psicologia na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Também integra o projeto "Mulheres Negras Fazendo Ciência", do Núcleo de Estudos de Gênero e Relações Étnico-Raciais em Ciência e Saúde (NEGRECS) do Instituto Nutes (UFRJ). Como bolsista do Laboratório de Identidades Digitais e Diversidade, pesquisa relações raciais, gênero, sexualidade, impactos das mudanças climáticas e populações minoritárias. Seu objetivo pessoal é impactar vidas e transformar realidades.
Jeyreel Emanuel Mora Solano (18), Costa Rica
Jeyreel tem ascendência afrodescendente e é membro da comunidade LGBTQ+. Ele é ativista social e ambiental, além de líder estudantil. Identificado com a esquerda e os direitos humanos, se considera um ecossocialista e é reconhecido em sua cidade como um defensor apaixonado pelo clima e pela ecologia. Liderou grupos estudantis e organizações juvenis dedicadas à justiça ambiental e à sustentabilidade.
Juliana Melisa Asprilla Cabezas (25), Colombia
Com formação em Sociologia pela Universidad del Valle, ela direcionou sua carreira profissional para a intervenção social, gestão comunitária e pesquisa sobre gênero, raça, etnicidade e paz. Coordenou projetos educacionais, prevenção da violência de gênero, saúde mental e empreendedorismo social. Seu compromisso como líder comunitária se reflete na busca ativa por inclusão e equidade étnico-racial, promovendo a diversidade de identidades para uma abordagem mais ampla e justa em todas as suas iniciativas. Além disso, demonstra interesse na justiça climática no Sul Global, defendendo soluções que equilibrem equidade social e sustentabilidade ambiental.
Rayane da Silva França (22), Brasil
Yawadj Xipai, também conhecida como Rayane em sua identificação civil, nasceu e cresceu na região do Médio Xingu, especificamente em Altamira. Aos 22 anos, estuda Relações Internacionais na Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Como a primeira mulher indígena em sua área de estudo, Yawadj carrega uma grande responsabilidade. Especializou-se em questões climáticas, direito ao reconhecimento internacional, gênero e raça, com o objetivo de ajudar outros jovens a acessarem e ocuparem esses espaços.
Sydney Mishel Males Muenala (27), Ecuador
Sydney é uma ativista Kichwa Otavalo dedicada aos direitos raciais, climáticos e humanos. Obteve uma bolsa integral para um mestrado na FLACSO, onde pesquisa os impactos da mineração sobre comunidades indígenas. Como vice-presidente do Conselho Kichwa de Otavalo, liderou iniciativas ambientais. Representou os direitos indígenas em fóruns da ONU, fundou o coletivo Wallpay Crew e trabalhou com organizações como Hakhu Amazônia. Já discursou na COP27 e no Fórum Permanente da ONU sobre Questões Indígenas.